O mercado financeiro revisou suas projeções para a economia brasileira, conforme o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Analistas elevaram as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa de juros Selic, sinalizando uma perspectiva de maior dinamismo econômico, embora com um custo de crédito mais elevado. Em contrapartida, a projeção para a inflação em 2025 apresentou uma leve redução, indicando um potencial alívio nas pressões sobre os preços.
O relatório Focus, que reúne as expectativas de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, é divulgado semanalmente pelo Banco Central. Ele oferece um panorama abrangente das projeções para diversos indicadores econômicos, como inflação, atividade econômica, câmbio e taxa Selic. As projeções refletem a percepção do mercado sobre o cenário econômico e são utilizadas como referência por agentes econômicos e formuladores de políticas.
No que se refere à inflação, a projeção para 2025 recuou marginalmente de 5,25% para 5,24%. Apesar da pequena redução, a expectativa ainda indica que a inflação deve superar o teto da meta estabelecida para o período, que é de 4,5%. “A mudança na projeção sugere para uma eventual ancoragem das expectativas”, pondera o relatório, demonstrando uma possível confiança do mercado na estabilização dos preços a médio prazo.
A projeção para a taxa Selic, por sua vez, foi elevada para 15% ao ano, refletindo a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa básica de juros. As estimativas para os anos subsequentes permanecem inalteradas, com o mercado projetando uma Selic de 12,50% ao ano em 2026, 10,50% ao ano em 2027 e 10% ao ano em 2028. A elevação da Selic tem como objetivo conter as pressões inflacionárias, mas pode impactar o ritmo de crescimento da economia.
Em relação ao PIB, os economistas elevaram a projeção de crescimento para 2,21% em 2025, ante 2,20% na semana anterior. A nova estimativa se aproxima da projeção oficial do Ministério da Fazenda, que é de 2,4%. O Banco Central, por outro lado, projeta um avanço de 1,9%. O crescimento do PIB reflete a expansão da atividade econômica e a geração de renda no país.
Fonte: http://www.metropoles.com
