A 29ª Parada do Orgulho LGBT+, realizada no último domingo em São Paulo, injetou impressionantes R$ 548,5 milhões na economia da cidade, conforme estimativas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O montante reflete o impacto significativo do evento nos setores de serviços e comércio da metrópole.
O levantamento da ACSP, baseado em dados do setor e do Observatório de Turismo e Eventos (OTE) da Prefeitura de São Paulo, aponta que hotéis, restaurantes, shoppings, bares e lojas no entorno da Avenida Paulista foram os principais beneficiados. Além disso, a venda de bebidas e artigos temáticos também contribuiu para o expressivo resultado financeiro.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, destaca o potencial da Parada LGBT+ para impulsionar as vendas do varejo no mês de junho, comparando seu impacto ao do Dia dos Namorados. “Esse montante é impulsionado, principalmente, pelos setores de serviços, como bares, restaurantes, hospedagem e turismo, além do comércio informal e da venda de adereços temáticos”, afirma.
O valor arrecadado representa um crescimento de aproximadamente 16% em relação ao ano anterior, evidenciando a crescente importância do evento para a economia local. A atração de milhares de turistas de outros estados do Brasil, como tradicionalmente ocorre, também desempenha um papel fundamental nesse cenário.
Neste ano, a Parada abordou o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, com o objetivo de dar visibilidade aos desafios enfrentados pela população LGBTQIAPN+ na terceira idade. Questões como etarismo, solidão, acesso à saúde e políticas públicas foram colocadas em pauta.
Devido às obras na Avenida Paulista, pelo segundo ano consecutivo, o percurso da Parada foi alterado, com os trios elétricos desfilando pelo lado ímpar da via. A segurança do evento foi reforçada com 1,5 mil policiais e 187 viaturas, garantindo a tranquilidade dos participantes.