terça-feira, junho 24, 2025

Reino Unido mira Ação Palestina com Lei Antiterrorismo após Ataque a Base Aérea

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O governo do Reino Unido intensificou a sua resposta a atividades consideradas criminosas, anunciando planos para enquadrar o grupo Ação Palestina sob a legislação antiterrorismo. A Ministra do Interior, Yvette Cooper, revelou a medida nesta segunda-feira, com o objetivo de proibir a organização e criminalizar o apoio ou a filiação à mesma.

O projeto de lei, que busca formalizar a proibição, será apresentado ao Parlamento britânico na próxima segunda-feira. A aprovação da lei representaria um marco na estratégia do governo para combater o que descreve como uma escalada de ações danosas por parte do grupo.

Em uma declaração oficial, Cooper enfatizou que a decisão é direcionada especificamente à Ação Palestina e não visa restringir protestos legítimos ou outras organizações que se manifestam sobre questões relacionadas à Palestina ou ao Oriente Médio. O governo busca, assim, evitar acusações de cerceamento à liberdade de expressão.

A decisão surge após um ataque significativo à base aérea de Brize Norton na última sexta-feira. Segundo a ministra, esse incidente é o “mais recente de uma longa história de danos criminais inaceitáveis cometidos pela Ação Palestina”, demonstrando a necessidade de uma resposta enérgica.

De acordo com Cooper, desde sua fundação em 2020, a Ação Palestina tem orquestrado uma “campanha nacional de ação criminal direta” contra empresas e instituições, incluindo infraestrutura crítica e empresas de defesa que apoiam a Ucrânia, a OTAN, aliados do Five Eyes e a defesa do Reino Unido. As ações do grupo, segundo o governo, extrapolam a defesa da causa palestina, atingindo outros setores.

A ministra também mencionou ataques específicos atribuídos à Ação Palestina, como os contra a Thales, em Glasgow, a Instro Precision, em Kent, e a Elbit Systems UK, em Bristol. Em relação ao ataque à Thales, Cooper informou que os danos excederam £1 milhão e afetaram “peças essenciais para submarinos”.

Cooper ainda revelou que o grupo publicou um “Manual Clandestino” em 2023, incentivando a criação de células e fornecendo orientações práticas para a realização de atividades em nome da Ação Palestina. O manual ainda continha um link para um site com um mapa de alvos específicos no Reino Unido, demonstrando a organização e o planejamento das ações.

“O primeiro dever de um governo é manter nosso país seguro, que é a base do nosso Plano de Mudança”, concluiu Cooper, ao defender a proibição como uma resposta legítima à ameaça representada pela Ação Palestina e um passo crucial para garantir a segurança nacional.

Fonte: http://revistaoeste.com

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