O frágil cessar-fogo entre Israel e Irã desmoronou rapidamente após alegações de violações por ambas as partes, reacendendo as tensões na região. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, acusou o Irã de lançar mísseis apenas duas horas após o início da trégua, comprometendo o acordo mediado internacionalmente.
Katz classificou o ato como uma “violação completa” do cessar-fogo, autorizando a retomada de ataques israelenses contra alvos paramilitares e governamentais em Teerã. Israel havia reconhecido publicamente o acordo de cessar-fogo na terça-feira, declarando ter atingido seus objetivos militares e agradecendo o apoio dos Estados Unidos.
Inicialmente, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, negou a existência do pacto. No entanto, a televisão estatal iraniana confirmou a trégua horas depois, marcando 4h da manhã em Teerã como o horário de início da pausa nos combates.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia anunciado anteriormente na Truth Social que um “cessar-fogo total e completo” havia sido acordado entre Israel e Irã, com início na madrugada de terça-feira. Trump também indicou que a trégua ocorreria após a conclusão das operações militares em curso.
Apesar do anúncio de Trump, Israel relatou a detecção de mísseis iranianos em seu território. Pelo menos cinco bombardeios foram relatados no início da manhã, resultando em vítimas. Em resposta, Katz reforçou que “quaisquer violações do cessar-fogo serão reprimidas com força”, conforme comunicado do governo israelense.
As tensões entre os dois países têm se intensificado nos últimos meses, com os Estados Unidos desempenhando um papel central. Recentemente, o presidente Trump exigiu a rendição do Irã e ameaçou o líder supremo Ali Khamenei, chegando a ordenar ataques a instalações nucleares iranianas e sugerindo uma possível “mudança de regime” em Teerã.
Fonte: http://revistaoeste.com