A Justiça de El Salvador rejeitou um pedido formal da Venezuela relacionado à situação de mais de 200 imigrantes venezuelanos deportados dos Estados Unidos e atualmente detidos em uma prisão de segurança máxima no país centro-americano.
A decisão agrava as tensões diplomáticas entre os dois países e levanta sérias preocupações sobre os direitos humanos dos detidos. As autoridades salvadorenhas acusam os imigrantes de integrarem a facção criminosa Tren de Aragua, porém, não apresentaram evidências concretas para sustentar tal alegação.
Organizações de direitos humanos e especialistas em direito internacional manifestaram preocupação com a falta de transparência no processo legal e a possibilidade de detenções arbitrárias. “A situação é alarmante. A ausência de provas e o tratamento dispensado aos detidos levantam sérias dúvidas sobre o respeito ao devido processo legal”, afirmou um representante de uma ONG que acompanha o caso.
O governo venezuelano tem buscado, sem sucesso, garantir o acesso consular aos cidadãos detidos e obter informações detalhadas sobre os motivos da prisão. A recusa de El Salvador em cooperar intensifica a crise humanitária enfrentada pelos imigrantes venezuelanos deportados.
