As contas externas brasileiras registraram um déficit de US$ 2,9 bilhões em maio, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC). O resultado representa um aumento em relação ao saldo negativo de US$ 2,5 bilhões observado no mesmo período do ano anterior, indicando uma intensificação do fluxo de recursos para fora do país.
O relatório de estatísticas do setor externo, divulgado pelo BC, detalha que esse resultado é influenciado pelo balanço de pagamentos, que considera a compra e venda de mercadorias, a balança de serviços e as transferências unilaterais. Um déficit nas contas externas sinaliza que o Brasil enviou mais dinheiro para o exterior do que recebeu, impactando a sua posição financeira internacional.
No acumulado dos últimos 12 meses até maio, o déficit das transações correntes atinge US$ 69,4 bilhões, um valor consideravelmente superior aos US$ 29,4 bilhões registrados em maio de 2024. Esse dado reforça a tendência de que o país tem despendido mais recursos do que arrecadado em suas relações com o exterior.
Apesar do déficit nas contas externas, o Brasil registrou um aumento nos investimentos estrangeiros diretos (IDP). Em maio de 2025, o IDP totalizou US$ 3,7 bilhões, superando os US$ 3 bilhões computados no mesmo mês do ano anterior, demonstrando a confiança de investidores estrangeiros na economia brasileira.
O Banco Central também informou que as reservas internacionais do país aumentaram US$ 670 milhões entre abril e maio, atingindo um estoque de US$ 341,5 bilhões. Esse montante serve como um importante colchão de proteção contra possíveis crises externas, garantindo a estabilidade econômica do país.
Fonte: http://www.metropoles.com