domingo, junho 29, 2025

Megaoperação Policial Desmantela Organização Criminosa no Centro de Curitiba

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Uma vasta operação policial, envolvendo as polícias Civil e Militar do Paraná, foi deflagrada na manhã desta quarta-feira no coração de Curitiba. O alvo foi uma organização criminosa que dominava o centro da cidade, resultando na prisão de 63 pessoas e na morte de um suspeito em confronto com a polícia no bairro Sítio Cercado. A ação mobilizou cerca de 400 agentes para cumprir 172 mandados judiciais, incluindo prisões, buscas e apreensões, além do bloqueio de bens.

A operação, que contou com o apoio da Polícia Penal, helicópteros e cães farejadores, cumpriu 92 mandados de prisão, 55 de busca e apreensão e 25 ordens de bloqueio de ativos financeiros. O delegado Victor Loureiro explicou que o grupo criminoso operava um esquema de tráfico de drogas com rotatividade de vendedores, buscando dificultar a identificação e o rastreamento de suas atividades. As autoridades detalharam a complexidade da investigação, que durou meses.

A investigação, iniciada em agosto de 2024 após denúncias anônimas e um aumento da criminalidade na região central, revelou um esquema de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios. A quadrilha controlava o tráfico nas imediações da Praça Tiradentes, Travessa Nestor de Castro e Rua Trajano Reis, impondo regras violentas e mantendo uma hierarquia bem definida, com líderes, gerentes, operadores logísticos e dezenas de vendedores em constante revezamento.

Segundo as investigações, os criminosos usavam códigos para identificar diferentes tipos de drogas, mantinham planilhas detalhadas de controle de vendas diárias e estabeleciam metas para seus membros. O delegado Rodrigo Brown informou que, em uma fase anterior da operação, um dos líderes da quadrilha, de 30 anos, já havia sido preso em Campo Largo, em outubro do ano passado. O suspeito possuía mais de 10 mandados de prisão e respondia a 20 inquéritos.

Os entorpecentes eram habilmente escondidos em locais de difícil acesso, como bueiros, canos, rachaduras e até mesmo na boca dos traficantes, dificultando flagrantes. O Coronel da Polícia Militar, Marcelo Fávero, ressaltou a importância da apreensão de dispositivos eletrônicos para o avanço das investigações. “As informações obtidas nesses dispositivos foram cruciais para entendermos a estrutura e o funcionamento da organização”, afirmou.

Além de controlar os pontos de venda, a organização criminosa repassava espaços a traficantes associados, com a aprovação de uma facção de alcance nacional. O domínio territorial era mantido através da violência contra rivais e do apoio logístico a membros presos. As investigações financeiras revelaram movimentações bancárias incompatíveis com a renda dos suspeitos, com o uso de familiares e laranjas para movimentar grandes quantias, reforçando as suspeitas de lavagem de dinheiro.

Fonte: http://cbncuritiba.com.br

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