quarta-feira, junho 25, 2025

Dexco (DXCO3) Sob Pressão: Goldman Sachs Rebaixa Ação e Alerta para Fluxo de Caixa

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O Goldman Sachs revisou sua recomendação para as ações da Dexco (DXCO3), anteriormente Duratex, rebaixando-a de compra para neutro. A instituição financeira também reduziu o preço-alvo das ações de R$ 7,90 para R$ 6,00, o que representa um potencial de valorização de apenas 5% em relação aos níveis atuais. A decisão reflete preocupações com o fluxo de caixa da companhia e desafios específicos que podem limitar seu crescimento futuro.

Desde setembro de 2021, quando foi incluída na Americas Buy List, a ação da Dexco acumula uma queda de 56%, contrastando com o avanço de 20% do Ibovespa no mesmo período. Analistas do Goldman Sachs observam que, embora historicamente as ações da Dexco tenham se beneficiado de quedas nas taxas de juros de longo prazo no Brasil, o papel não acompanhou a recente redução de 100 pontos-base na curva de 10 anos.

A instituição projeta que as despesas financeiras líquidas da Dexco permanecerão elevadas, entre R$ 820 milhões e R$ 850 milhões em 2025 e 2026. Essa quantia representaria de 50% a 60% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), exercendo pressão sobre o fluxo de caixa livre da empresa, mesmo em um cenário de queda da Selic.

Adicionalmente, o Goldman Sachs prevê que os segmentos Deca e cerâmicos continuarão a apresentar rentabilidade fraca, com estimativas de Ebitda nulo ou negativo em 2025 e margens de um dígito em 2026. Por outro lado, o principal negócio da Dexco, painéis de madeira, deve manter um bom desempenho, embora com um potencial de alta limitado a partir dos níveis atuais.

Outro ponto de atenção levantado pelo banco é o aumento dos custos com ureia, um insumo essencial na produção de adesivos. Os preços da ureia subiram 42% em relação à média do primeiro trimestre de 2025, com potencial de impacto negativo de até 15% no Ebitda, em decorrência do conflito no Oriente Médio.

O Goldman Sachs espera uma desalavancagem lenta, com a relação dívida líquida/Ebitda (incluindo leasing) caindo de 4,0 vezes no primeiro trimestre de 2025 para 3,9 vezes até o final de 2026. Apesar do valuation atual estar 11% abaixo da média histórica de 10 anos, o banco vê pouco espaço para reprecificação no curto prazo. Um possível catalisador positivo seria a joint venture de celulose solúvel, que pode começar a distribuir dividendos em 2026, cenário ainda não incorporado na projeção-base do banco.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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