A incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) acende o sinal de alerta no Paraná. Um recente boletim divulgado pela Fiocruz revela que o estado é um dos 12 no país que apresentam um crescimento preocupante na curva de casos nos últimos meses. A situação demanda atenção redobrada das autoridades de saúde e da população.
Em todo o Brasil, os vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza lideram os casos de internação por SRAG. “São os vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza os mais frequentes em casos de internamento”, explica a pesquisadora do Infrogripe, da Fiocruz, Tatiana Portella, destacando a importância do monitoramento constante desses patógenos. A análise da Fiocruz serve como base para o planejamento de ações preventivas e de tratamento.
Os números da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) do Paraná corroboram o alerta da Fiocruz. Apenas nesta semana, foram confirmados mais de 1.200 novos casos de SRAG, além de 58 mortes. Desde o início do ano, o estado já contabiliza mais de 14 mil diagnósticos e 741 óbitos, evidenciando a gravidade da situação.
Especialistas ressaltam que diversos fatores contribuem para o aumento de casos de SRAG neste período. “Fatores da época, imunológicos e comportamentais levam ao aumento de casos neste período”, afirma o otorrinolaringologista Henrique Furlan, que atua nos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru. A combinação desses elementos exige medidas preventivas eficazes.
Diante desse cenário, a vacinação surge como a principal arma para evitar quadros graves de doenças respiratórias. A imunização está disponível gratuitamente para toda a população a partir dos seis meses de idade. Apesar disso, a cobertura vacinal no Paraná ainda está abaixo do ideal, com menos de 3 milhões de doses aplicadas e a imunização dos grupos prioritários não atingindo a média de 90% recomendada. A baixa adesão preocupa as autoridades, que reforçam a importância da vacinação para proteger a saúde da população.