Em meio à crescente crise humanitária na Faixa de Gaza, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na sexta-feira, 27, que um cessar-fogo pode ser alcançado já na próxima semana. A declaração foi feita durante uma cerimônia no Salão Oval, reacendendo a esperança em meio a um dos conflitos mais devastadores da atualidade. Trump enfatizou ter mantido contato com figuras cruciais nas negociações.
“Acabei de falar com algumas das pessoas envolvidas”, disse Trump, ressaltando a urgência da situação em Gaza. O ex-presidente descreveu a situação como “terrível” e expressou otimismo cauteloso sobre a possibilidade de uma trégua iminente. Sua declaração surge em um momento crítico, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviando suprimentos médicos emergenciais à região.
Simultaneamente, Trump afirmou que a recente ação dos EUA contra instalações nucleares iranianas marcou o fim do confronto direto entre Israel e Irã. “Eles lutaram, pararam e agora estão voltando para suas vidas”, disse o ex-presidente, sugerindo uma mudança de foco para a resolução do conflito em Gaza. O fim do confronto com o Irã permite que Israel redirecione seus esforços militares.
O tenente-general Eyal Zamir, das Forças de Defesa israelense, reiterou que a prioridade agora é resgatar os reféns mantidos pelo Hamas e desmantelar a infraestrutura do grupo na Faixa de Gaza. “Muitos desafios ainda estão por vir”, alertou Zamir, enfatizando a necessidade de manter o foco e a determinação na missão. A tarefa permanece complexa.
Enquanto o Hamas sinaliza abertura para negociações, a resistência em ceder ao desarmamento imposto por Israel continua a ser um obstáculo crucial. Esse impasse prolonga o sofrimento da população civil, que já enfrenta mais de 20 meses de conflito contínuo. Segundo dados do Ministério da Saúde da Palestina, o conflito já causou a morte de mais de 55 mil pessoas em Gaza desde outubro de 2023, incluindo um número alarmante de crianças. A busca por uma trégua depende de concessões mútuas e da mediação de atores internacionais.
Fonte: http://revistaoeste.com