Um ataque aéreo de magnitude sem precedentes atingiu a Ucrânia na madrugada deste domingo, marcando a maior ofensiva russa desde o início do conflito. Autoridades em Kiev reportaram o lançamento de um arsenal de 537 armas aéreas, incluindo 477 drones e 60 mísseis. As defesas ucranianas interceptaram 249 desses projéteis, mas o impacto foi severo. Uma pessoa perdeu a vida e seis ficaram feridas.
O ataque atingiu diversas regiões do país, incluindo áreas mais afastadas da linha de frente, no oeste ucraniano. Além das vítimas, a ofensiva causou um incêndio de grandes proporções em uma fábrica e provocou interrupções no fornecimento de energia elétrica em diversas localidades. A intensidade do bombardeio superou o ataque de 10 de junho, que já havia sido classificado como um dos maiores desde o começo da guerra.
Apesar da escalada militar, a ofensiva russa ocorre logo após o presidente Vladimir Putin sinalizar uma possível retomada das negociações de paz. Em entrevista na última sexta-feira, Putin expressou disposição em dar seguimento às conversas iniciadas em Istambul. “Depois da conclusão desta etapa, realizaremos uma terceira rodada de negociações”, afirmou o presidente russo.
Segundo Putin, representantes de ambos os lados mantêm contatos regulares, apesar das divergências ainda existentes. “Em geral, estamos prontos para isso”, disse o presidente sobre as negociações de paz. “Mas precisamos concordar sobre o local e o horário.” As tentativas de diálogo entre Rússia e Ucrânia têm sido esporádicas desde o início da invasão em fevereiro de 2022.
Países como China, Brasil e Turquia têm se oferecido para mediar conversas paralelas, enquanto a Suíça planeja uma cúpula pela paz para os próximos meses. Contudo, a participação formal da Rússia no encontro ainda não foi confirmada. A recente ofensiva russa levanta dúvidas sobre a sinceridade das intenções de paz expressas por Putin.
Fonte: http://revistaoeste.com