O setor portuário brasileiro se prepara para um marco histórico: a publicação, até 15 de julho, do edital da primeira concessão de dragagem do país. A iniciativa abrangerá todo o canal de acesso aquaviário dos portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, impulsionando a eficiência e a competitividade do complexo portuário. A informação foi confirmada pelo secretário nacional de Portos, Alex Ávila, em entrevista à CNN, gerando grande expectativa no mercado.
A análise final do edital está agendada para o dia 11 de julho, em reunião da diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo Ávila, o Ministério de Portos e Aeroportos priorizou a total adequação às determinações e recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), demonstrando o compromisso com a transparência e a segurança jurídica do processo.
O secretário nacional de Portos demonstra otimismo quanto ao sucesso do leilão, prevendo uma disputa acirrada entre os participantes. “Nada indica que será leilão de uma [proposta] só. Acreditamos que haverá disputa”, afirmou Ávila, ressaltando o interesse demonstrado por diversas empresas do setor.
O edital exigirá que consórcios interessados incluam uma participação mínima de 15% de empresas especializadas em dragagem, fomentando a expertise técnica no projeto. A expectativa é que se formem parcerias estratégicas entre empresas de dragagem e operadoras de terminais portuários no Paraná, unindo forças para otimizar a gestão do canal.
Empresas como a brasileira DTA Engenharia, a holandesa Van Oord e a belga Jan de Nul já demonstraram interesse em participar do certame, conforme aponta o secretário. A publicação do edital pavimenta o caminho para a realização do leilão, programado para o final de agosto ou início de setembro. O ministério está em diálogo com a B3, em São Paulo, para definir as datas mais adequadas.
Além da concessão de dragagem, o leilão também ofertará o segundo bloco de arrendamentos portuários de 2025, com investimentos estimados em R$ 1 bilhão. Este bloco inclui os terminais de granéis sólidos VCD29 (Vila do Conde, PA) e POA26 (Porto Alegre, RS), o terminal de apoio logístico offshore RDJ07 (Rio de Janeiro, RJ) e o terminal de passageiros TMP (Maceió, AL), ampliando as oportunidades de investimento no setor.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
