Um manifesto assinado por uma pequena parcela de funcionários da Fiocruz, autodenominado “Coletivo Vozes da Fiocruz Pela Palestina”, que clama pela suspensão da cooperação científica e tecnológica do Brasil com Israel, gerou controvérsia e levanta questionamentos sobre suas alegações e potenciais consequências. O documento, que ganhou espaço na mídia, é agora alvo de críticas contundentes que desafiam suas premissas.
Marcos L. Susskind, em artigo de opinião, contesta os argumentos apresentados no manifesto, apontando o que considera “meias verdades e mentiras inteiras”, além de distorções que merecem ser confrontadas. O autor aborda pontos cruciais levantados no documento, como a acusação de genocídio, o apoio ao movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) e o pedido de interrupção da cooperação com instituições israelenses.
A alegação de genocídio é refutada com dados estatísticos, argumentando que o número de mortos não combatentes na Palestina, embora lamentável, não se equipara à magnitude de um genocídio como o Holocausto. Susskind critica o uso do termo, considerado um mantra propagado por inimigos de Israel, e questiona a veracidade dos números divulgados pelo Hamas.
O autor também critica o movimento BDS, argumentando que suas ações prejudicam principalmente os palestinos, citando o fechamento da fábrica da Soda Stream na Cisjordânia como exemplo. “O BDS atua contra o interesse dos pobres palestinos”, afirma Susskind, ao analisar as consequências negativas da medida, como a perda de empregos e o impacto nas empresas locais.
Por fim, Susskind argumenta que a interrupção da cooperação com instituições israelenses, líderes mundiais em ciência e tecnologia, seria mais prejudicial ao Brasil do que a Israel. Ele destaca a posição de destaque de universidades israelenses no cenário internacional e questiona a ausência de instituições brasileiras entre as melhores do mundo.
Fonte: http://revistaoeste.com