Diagnóstico preciso é fundamental para o tratamento correto e rápido; instituições investem em serviços especializados em audição e equilíbrio
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 20% a 30% da população mundial apresentam tontura em algum momento da vida, e o Brasil segue essa tendência. Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou que 42% dos participantes já haviam experimentado, alguma vez, tontura ou vertigem.
Mas nem sempre a causa desse tipo de condição será uma labirintite, conforme explica o otorrinolaringologista do Hospital IPO, em Curitiba, Rodrigo Kopp Rezende. “Apesar de popularizado e amplamente associado a tonturas, o termo refere-se a um quadro infeccioso ou inflamatório do labirinto – a estrutura interna do ouvido responsável pelo equilíbrio”, esclarece. Por isso, é tão importante procurar um profissional para o diagnóstico e tratamento corretos.
Um sintoma, múltiplas causas
O especialista salienta que a tontura pode, na verdade, ter dezenas de causas, desde doenças do labirinto até alterações neurológicas, metabólicas ou psiquiátricas. “Um diagnóstico impreciso pode levar a tratamentos ineficazes e prolongar o sofrimento do paciente. O correto é identificar a causa específica: se é uma vertigem posicional, uma doença de Ménière ou uma neurite vestibular. Cada uma exige uma abordagem distinta”, orienta Rezende.
Em decorrência disso, o tratamento também poderá variar bastante. Caso seja identificada a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), que é causada por otólitos (pequenas partículas de cálcio) deslocados dentro do ouvido interno, a indicação será de manobras de reposicionamento. Outras situações podem incluir medicamentos específicos e reabilitação vestibular. Casos mais complexos vão exigir acompanhamento multidisciplinar.
O médico reforça que, em qualquer situação, a automedicação é totalmente contraindicada. “Essa prática pode mascarar sintomas e retardar o diagnóstico”, alerta. A labirintite e distúrbios vestibulares estão entre as causas mais comuns de queda em idosos, o que gera internações e altos custos para o sistema de saúde. As condições também têm impacto significativo na qualidade de vida, podendo levar ao absenteísmo no trabalho e ao isolamento social.
Centro especializado
Com foco em oferecer um atendimento mais completo e eficaz nesses casos, o Hospital IPO investe em um Centro de Audição e Equilíbrio (CAE), referência no diagnóstico e tratamento dos distúrbios do labirinto. “O CAE é especializado na investigação das causas da tontura, vertigem e outros sintomas que afetam o equilíbrio. Por meio dele, os pacientes podem ter acesso a exames audiológicos e vestibulares avançados, equipe altamente capacitada e protocolos personalizados para cada tipo de queixa”, informa.
A unidade é dedicada ao diagnóstico e tratamento de distúrbios auditivos e vestibulares, como tontura, vertigem, zumbido e labirintopatias, e atua de forma integrada com profissionais de otorrinolaringologia, fonoaudiologia e fisioterapia. Lá, são realizadas avaliações audiológicas, como audiometria e impedanciometria para diagnosticar perdas auditivas; otoneurológica, para averiguar distúrbios do equilíbrio e vertigem; e do processamento auditivo central, para identificação de dificuldades na interpretação de sons. Além disso, o CAE oferece treinamento auditivo em cabine, reposicionamento de otólitos, reabilitação vestibular e exercícios personalizados para restaurar o equilíbrio e prevenir quedas.
O CAE fica no Hospital IPO, localizado na Av. República Argentina, 2069, no bairro Água Verde, em Curitiba. Consultas ou exames podem ser agendados pelo telefone (41) 3314-1500, WhatsApp (41) 3314-1556 ou pelo site hospitalipo.com.