A prática regular de atividade física é amplamente reconhecida como um pilar fundamental para um envelhecimento saudável. Um novo estudo da Universidade de Medicina de Chicago, publicado na revista PLOS ONE, revela que aumentar o ritmo da caminhada pode trazer benefícios ainda maiores para idosos, especialmente aqueles em risco de fragilidade física.
Os pesquisadores descobriram que um pequeno aumento na cadência dos passos durante a caminhada pode melhorar significativamente a capacidade funcional dos idosos. O estudo demonstrou que adicionar apenas 14 passos por minuto ao ritmo habitual já é suficiente para observar melhorias mensuráveis na saúde física.
Para os idosos que participaram do estudo, cuja média de passos por minuto variava entre 77 e 100, esse acréscimo representou um aumento de 15 a 20% na velocidade da caminhada. Segundo o anestesiologista Daniel Rubin, autor do estudo, “Até mesmo caminhadas casuais tiveram efeitos positivos nos participantes do nosso estudo”, e o ganho se torna ainda mais evidente quando o ritmo é levemente acelerado, respeitando os limites de cada pessoa.
A pesquisa envolveu 102 participantes, divididos em dois grupos: um caminhou em seu ritmo normal e o outro foi incentivado a acelerar o passo, sem causar dores. Os resultados mostraram que aqueles que atingiram cerca de 100 passos por minuto apresentaram melhora expressiva na capacidade respiratória e cardíaca, além de melhores resultados em testes de esforço.
Os pesquisadores recomendam o uso de aplicativos de celular e pulseiras inteligentes para monitorar o ritmo da caminhada. O objetivo é aumentar gradualmente a cadência até atingir cerca de 100 passos por minuto, sempre respeitando os limites individuais. “Pessoas que nunca passaram por fragilidade não conseguem imaginar a grande diferença que faz não se cansar ao ir ao supermercado ou não precisar se sentar enquanto estão fora”, completa Rubin.
A incorporação de caminhadas mais intensas à rotina, adaptada à capacidade de cada um, pode preservar funções motoras e a independência, prevenindo quedas, internações e perda de mobilidade, problemas comuns no envelhecimento. Um ritmo um pouco mais rápido pode ser a chave para uma vida mais ativa e saudável na terceira idade.
Fonte: http://www.metropoles.com