A investigação sobre a morte de Raíssa Suelen Ferreira da Silva ganha novos contornos, mesmo após a conclusão do inquérito policial. Relatórios exclusivos obtidos pela RICtv apontam para indícios de que o crime foi premeditado por Marcelo Alves dos Santos, o humorista que confessou o assassinato, com a possível colaboração de seu filho, Dhony de Assis. As evidências encontradas sugerem um planejamento prévio e uma tentativa de ocultar o envolvimento dos acusados.
Um dos elementos chave da investigação são as mensagens encontradas no celular de Marcelo. Nelas, o humorista oferece à vítima um falso emprego em São Paulo, com o objetivo de atraí-la para sua residência. “Ela disse que tinha uma proposta de emprego muito boa. Que era um amigo que era como um pai para ela”, relatou uma amiga de Raíssa à RICtv, evidenciando a manipulação por trás da oferta de trabalho.
Outro ponto intrigante é o fato de o celular de Dhony ter ficado sem sinal durante várias horas no dia do crime. A polícia suspeita que essa interrupção tenha sido intencional, visando dificultar o rastreamento e mascarar a movimentação do filho de Marcelo no período em que o assassinato ocorreu. Além disso, Marcelo teria enviado um áudio para Raíssa após a morte da jovem, numa tentativa de criar um álibi e simular preocupação com seu paradeiro.
O comportamento de Marcelo após o crime também levantou suspeitas. Testemunhas relataram que ele passou a vender bens pessoais de forma apressada, como se estivesse desesperado por dinheiro. “Raíssa, boa noite. Onde que tu tá? Entrei em contato, todo mundo preocupado com tu. Aparece, pelo amor de Deus. Entra em contato”, diz a gravação, demonstrando a tentativa de ludibriar as autoridades e familiares.
Um detalhe crucial que reforça a tese de premeditação é a compra de uma lona preta por Marcelo, três dias antes do assassinato. O material, adquirido em um aviário, apresenta características semelhantes ao utilizado para embalar o corpo de Raíssa, posteriormente encontrado. Diante de todas essas evidências, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime foi meticulosamente planejado e não um ato impulsivo.
Enquanto isso, Dhony de Assis, filho do humorista, foi solto após um mês de prisão temporária, período em que era investigado por ocultação de cadáver. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica, mas a decisão final cabe ao juiz responsável pelo caso. A defesa do jovem alega que sua prisão foi injusta e que ele não participou diretamente do assassinato, apenas da ocultação do corpo.
Fonte: http://www.bandab.com.br