segunda-feira, julho 21, 2025

Aumento Alarmante: Tempestades ‘Noreasters’ na Costa Leste dos EUA Intensificam-se com Mudanças Climáticas

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Um novo estudo revela que as tempestades ‘Noreasters’, fenômenos climáticos severos que assolam a Costa Leste dos Estados Unidos, estão se tornando mais poderosas devido aos efeitos da poluição climática. Estas tempestades, conhecidas por suas chuvas torrenciais e potencial destrutivo, representam uma ameaça crescente para as áreas densamente povoadas da região.

As ‘Noreasters’ se formam tipicamente entre setembro e abril, impulsionadas pelo contraste entre o ar frio do Ártico e o ar quente e úmido do Oceano Atlântico. A ‘Tempestade do Século’ de 1993 e o ‘Snowmageddon’ de 2010 são exemplos marcantes do poder devastador dessas tempestades, causando perdas de vidas e prejuízos econômicos significativos. O cientista climático Michael Mann, da Universidade da Pensilvânia, destaca a importância de entender como o aquecimento global pode afetar esses eventos climáticos.

Embora haja um consenso sobre a possível diminuição na frequência das ‘Noreasters’ em um cenário de aquecimento global, o impacto nas taxas de chuva e neve tem gerado preocupação. Para investigar essa questão, cientistas analisaram dados históricos de tempestades entre 1940 e 2025, criando um atlas digital com mais de 900 eventos.

Os resultados da análise, publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, indicam um aumento de aproximadamente 6% na velocidade máxima do vento das ‘Noreasters’ mais intensas desde 1940. Segundo Mann, esse aumento aparentemente pequeno pode levar a um incremento de 20% no potencial destrutivo das tempestades. Além disso, as taxas de precipitação (chuva e neve) também mostraram um aumento de cerca de 10%.

“Oceanos e ar mais quentes significam mais evaporação e mais umidade na atmosfera, que é expelida na forma de chuva ou neve mais intensas”, explica Mann, ressaltando a importância de se preparar para os impactos dessas tempestades. Jennifer Francis, cientista do Centro de Pesquisa Climática Woodwell, concorda, enfatizando que “a preparação proativa é menos custosa do que a recuperação pós-tempestade”.

O estudo também sugere que o risco de inundações em muitas cidades da Costa Leste pode estar subestimado. Judah Cohen, climatologista do MIT, aponta que os efeitos das mudanças climáticas podem ser “contraintuitivos, incluindo a ideia de que as mudanças climáticas podem resultar em aumentos de invernos rigorosos”. Mesmo com o aquecimento global, períodos de nevascas intensas e frio extremo ainda ocorrerão, e “eventos individuais podem ter um impacto maior”, conclui Mann.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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