segunda-feira, julho 21, 2025

Morte em Interlagos: Seguranças do Autódromo são o Foco da Investigação

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A Polícia Civil de São Paulo avança na investigação da morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, encontrado sem vida no Autódromo de Interlagos no dia 3 de junho. Em coletiva de imprensa na última sexta-feira (18), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) detalhou as novas linhas de apuração do caso.

Cinco pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar depoimento, incluindo o principal suspeito. A polícia revelou que dois seguranças do Autódromo, em posições de comando, tiveram seus nomes omitidos na lista inicial fornecida pela empresa responsável pela segurança do evento, levantando suspeitas sobre um possível encobrimento.

“Os dois tinham poder de decisões. Eles eram coordenadores daquele turno. É como se fosse um intermediário entre a empresa contratante do evento e a empresa de segurança”, explicou Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, enfatizando a importância da hierarquia dos suspeitos na dinâmica do evento.

Um dos seguranças, identificado como Leandro de Tallis Pinheiro, lutador de jiu-jitsu com histórico criminal, foi preso após a polícia encontrar munições em sua residência. A ausência de Pinheiro no trabalho no dia seguinte ao crime também chamou a atenção dos investigadores.

Apesar das evidências, o secretário-executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, pondera que é prematuro apontar Pinheiro como o principal responsável pela morte do empresário. O suspeito foi liberado após pagamento de fiança, enquanto a CNN busca contato com sua defesa para obter mais informações.

Os demais suspeitos que compareceram à delegacia não foram presos, e seus advogados optaram por não prestar depoimento imediato. A defesa aguarda acesso integral às medidas cautelares e argumentações policiais para orientar seus clientes, buscando garantir um processo justo e transparente.

No decorrer da operação, foram apreendidos sete celulares e cinco computadores, que serão submetidos à análise técnica para identificar os autores do crime e o grau de participação de cada um. A polícia também investiga o fato de que os celulares dos seguranças apreendidos estavam com os dados apagados, o que levanta suspeitas de tentativa de obstrução da justiça.

Em declarações anteriores, Ivalda Aleixo já havia afirmado que o empresário não chegou a alcançar o veículo no estacionamento. A perícia encontrou manchas de sangue humano no carro, mas a polícia informou que o sangue é anterior aos fatos, descartando, por ora, a hipótese de o crime ter ocorrido no local.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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