A possível imposição de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, gera grande preocupação no cenário econômico nacional. O aumento das taxas pode ter um impacto significativo no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e no mercado de trabalho, caso a medida entre em vigor.
Um estudo recente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta para um cenário alarmante. As perdas para o Brasil poderiam alcançar até R$ 175 bilhões a longo prazo, resultando em uma retração de 1,49% no PIB e a eliminação de mais de 1,3 milhão de postos de trabalho. Os números são preocupantes e alertam para a necessidade de ações preventivas.
Considerando um cenário de retaliação, onde o Brasil impusesse uma taxa recíproca de 50% sobre as importações americanas, a situação se agravaria ainda mais. A queda no PIB brasileiro poderia atingir R$ 259 bilhões (2,21%), com um impacto devastador no número de empregos, na massa salarial e na arrecadação de impostos.
Atualmente, os Estados Unidos representam o segundo maior destino das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da China. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões para o mercado americano, o que corresponde a 1,8% do PIB nacional. Entre os principais produtos exportados estão combustíveis minerais, ferro e aço, máquinas, equipamentos mecânicos, aeronaves e café.
Diante desse cenário, a Fiemg defende uma atuação firme e diplomática do governo brasileiro. Em nota, a federação ressalta a importância de buscar um acordo que evite a implementação da tarifa, proteja os empregos e preserve a competitividade das empresas brasileiras.
Fonte: http://www.metropoles.com
