Às vésperas da COP30, o Brasil, um dos maiores produtores agrícolas e também um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, vislumbra na agricultura regenerativa uma oportunidade de ouro para impulsionar o mercado de créditos de carbono. A prática, que combina técnicas sustentáveis e plantio intensivo, promete benefícios tanto para o produtor rural quanto para a saúde do planeta.
A agricultura regenerativa se destaca por sua capacidade de aumentar a absorção de CO2 da atmosfera, contribuindo significativamente para a mitigação do efeito estufa e, consequentemente, das mudanças climáticas. Este potencial tem atraído a atenção de empresas multinacionais e produtores engajados com a sustentabilidade, que enxergam na prática uma forma inteligente de aliar produtividade e preservação ambiental.
A geração de créditos de carbono através da agricultura regenerativa soma-se a outras modalidades já existentes no país, como a conservação de florestas, áreas protegidas e o reflorestamento. “O sistema de geração de créditos de carbono na agricultura se soma a outras duas modalidades já existentes: a conservação de florestas e áreas protegidas, e o reflorestamento”, ressalta um especialista do setor.
Com a vasta área agrícola disponível, o Brasil possui um enorme potencial para expandir a produção sustentável e certificar terras, visando a futura geração de créditos de carbono. Experiências bem-sucedidas em outros países, como nos Estados Unidos, onde produtores associados já arrecadaram mais de 600 mil dólares em créditos, comprovam a viabilidade do modelo.
As práticas regenerativas se concentram em culturas como milho, soja e algodão, remunerando os agricultores que adotam métodos que estimulam o sequestro de carbono no solo. Especialistas do setor reforçam que o potencial brasileiro para a geração de créditos neste modelo é notável, dada a magnitude da agricultura nacional e o crescente interesse global por soluções sustentáveis.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br