sábado, agosto 2, 2025

Justiça aceita denúncia e ‘Colômbia’ se torna réu como mandante das mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips

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Ruben Dario Villar, conhecido como ‘Colômbia’, agora responde formalmente na Justiça Federal como mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (21), após o juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga acatar a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), com o auxílio do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri (GATJ).

A denúncia do MPF detalha que Amarildo da Costa Oliveira, Jefferson da Silva Lima e Oseney da Costa de Oliveira teriam agido sob as ordens de ‘Colômbia’, planejando uma emboscada fatal contra Bruno Pereira e, posteriormente, contra Dom Phillips. O crime, segundo o MPF, foi motivado por interesses financeiros ligados a atividades ilegais na região.

As investigações apontam que ‘Colômbia’ liderava uma organização criminosa dedicada à exploração ilegal dos recursos naturais na Terra Indígena Vale do Javari. O grupo obtinha lucro com a caça e pesca predatórias, com ‘Colômbia’ fornecendo recursos materiais como embarcações, armamento e combustível para os executores das atividades ilícitas. Ele também garantia a compra dos produtos ilegais, revendendo-os em território peruano e colombiano.

Ainda nesta segunda-feira, atendendo a um pedido do MPF, a Justiça Federal retirou o sigilo dos autos do processo, permitindo que a população tenha acesso às informações do caso. Essa medida visa garantir a transparência e o acompanhamento público do processo.

Paralelamente, o MPF solicitou, na última sexta-feira (18), a transferência do julgamento dos executores do crime para Manaus, buscando assegurar maior segurança e imparcialidade no júri popular. A medida ainda aguarda análise e decisão judicial.

Relembrando o caso, Bruno e Dom foram brutalmente assassinados em 5 de junho de 2022, em uma emboscada no Vale do Javari, a segunda maior terra indígena do Brasil. Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, investigava temas ambientais e conflitos de terra na região. Bruno Pereira, por sua vez, era um experiente indigenista, ex-coordenador da Funai, que atuava em defesa dos povos indígenas do Vale do Javari.

Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima já se tornaram réus pelo duplo homicídio e ocultação de cadáver, permanecendo presos. Oseney da Costa de Oliveira, inicialmente preso, aguarda o julgamento em regime domiciliar, com monitoração eletrônica, devido a problemas de saúde e questionamentos sobre a robustez das provas contra ele.

Outras cinco pessoas foram denunciadas por participação na ocultação dos corpos e corrupção de menores. O caso segue em andamento, com a expectativa de que os responsáveis pelos crimes sejam devidamente julgados e punidos.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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