O Partido Liberal (PL) reagiu ao impedimento de realizar sessões nas comissões da Câmara dos Deputados, articulando uma estratégia para votar moções de louvor ao ex-presidente Jair Bolsonaro após o recesso parlamentar de agosto. A decisão do partido surge em resposta às medidas cautelares impostas pela Justiça a Bolsonaro, intensificando o embate político no Congresso.
A proibição das reuniões, determinada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), frustrou os planos da oposição de realizar votações imediatas em comissões estratégicas, como a de Segurança Pública e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Os colegiados, liderados por deputados bolsonaristas, buscavam aprovar moções de apoio ao ex-presidente como forma de demonstrar solidariedade e contestar as ações judiciais em curso.
“Os requerimentos de moção de louvor a Bolsonaro vão continuar na pauta dos colegiados para serem votados após o recesso parlamentar, em agosto”, afirmou o deputado Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, durante coletiva de imprensa. A declaração sinaliza que a oposição não pretende recuar e buscará outras vias para manifestar seu apoio ao ex-presidente.
A disputa entre a oposição e a presidência da Câmara expõe as tensões políticas no Congresso e a polarização em torno da figura de Jair Bolsonaro. A manutenção do recesso parlamentar, mesmo diante da pressão da oposição, demonstra a determinação de Hugo Motta em controlar o ritmo dos trabalhos legislativos e evitar votações consideradas controversas.
Fonte: http://www.metropoles.com