sábado, agosto 2, 2025

OMS Alerta: Risco Imminente de Epidemia Global de Chikungunya

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) soou o alarme nesta terça-feira, alertando para um risco crescente de uma nova epidemia global do vírus chikungunya. A doença, transmitida por mosquitos, causa febre alta e dores articulares intensas, podendo levar a complicações graves e até à morte em casos mais severos. O alerta surge em um momento de preocupação, com a entidade comparando a situação atual ao surto devastador de 2004-2005, que se espalhou pelo Oceano Índico e infectou quase meio milhão de pessoas.

A médica da OMS, Diana Rojas Alvarez, expressou a gravidade da situação durante uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça: “Estamos vendo a história se repetir”. A chikungunya é transmitida principalmente pelas fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, vetores também da dengue e zika. O aquecimento global tem contribuído para a expansão do mosquito-tigre para regiões mais ao norte, ampliando a área de circulação do vírus.

Os sintomas da chikungunya podem ser confundidos com os da dengue e zika, dificultando o diagnóstico. A doença geralmente causa febre, dores nas articulações, fadiga e, em alguns casos, sequelas prolongadas. Desde o início de 2025, ilhas do Oceano Índico como Reunião, Mayotte e Maurício já enfrentam grandes surtos. Estima-se que um terço da população de Reunião tenha sido infectada. O vírus também se espalha rapidamente por países como Madagascar, Somália e Quênia, além do sul da Ásia, incluindo a Índia.

Na Europa, foram detectados aproximadamente 800 casos importados de chikungunya na França continental desde maio. A OMS expressa maior preocupação com os casos de transmissão local. “Doze episódios de transmissão local foram detectados em regiões do sul da França, o que significa que pessoas foram infectadas por mosquitos locais, sem histórico de viagem para áreas endêmicas”, explicou Diana Rojas Alvarez. Um caso também foi identificado recentemente na Itália.

Embora a taxa de mortalidade da doença seja inferior a 1%, a médica da OMS ressalta que esse número se torna expressivo diante de um grande número de casos. Diante da ameaça crescente, a OMS pede que os países se preparem o quanto antes para conter a propagação. As recomendações incluem vigilância ativa, campanhas de informação e medidas preventivas contra os mosquitos, como evitar água parada, usar repelente e vestir roupas de manga longa. “Estamos dando o alarme cedo para que os países possam se preparar com antecedência, detectar e fortalecer todas as capacidades para evitar surtos muito grandes”, reforçou a médica.

Fonte: http://www.metropoles.com

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