Com a chegada da seca, a baixa umidade do ar e a maior utilização de ar-condicionado criam um ambiente propício para o ressecamento ocular. Queixas de ardência, coceira e sensação de areia nos olhos se tornam cada vez mais comuns. A exposição prolongada a telas também agrava o problema, intensificando o desconforto.
A síndrome do olho seco ocorre quando a produção ou a qualidade da lágrima natural é comprometida, expondo a superfície ocular a irritações e infecções. Essa condição, embora incômoda, exige atenção redobrada antes de se recorrer à automedicação com colírios. Afinal, nem todo colírio é igual, e o uso inadequado pode mascarar problemas mais sérios.
O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor do Instituto Penido Burnier, alerta que muitos pacientes já chegam ao consultório utilizando colírios por conta própria, muitas vezes sem obter alívio duradouro. “A diferença entre veneno e remédio é a dose”, explica Queiroz Neto. “A lágrima artificial não é só uma aguinha, é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento mais correto”.
A composição da lágrima é complexa, formada por camadas aquosa, lipídica e de mucina. A deficiência em cada uma dessas estruturas exige um tipo específico de colírio para reposição, o que torna a avaliação médica fundamental. “Não adianta comprar qualquer colírio na farmácia”, enfatizou Jonathan Lake, oftalmologista de Brasília, em entrevista anterior.
Para proteger a saúde ocular durante a seca, a hidratação adequada é fundamental. Recomenda-se consumir cerca de 35 ml de água por quilo de peso corporal diariamente. Uma alimentação rica em ácidos graxos, vitaminas A e E também contribui para a lubrificação dos olhos. Se os sintomas persistirem, a consulta com um oftalmologista é imprescindível para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.
Fonte: http://www.metropoles.com
