O primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, formalizou um pedido urgente ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para que convoque uma reunião emergencial. O objetivo é, segundo o premiê, “interromper a agressão da Tailândia” em meio à escalada de confrontos recentes entre os dois países vizinhos.
Na carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança, Asim Iftikhar Ahmad, Manet alega que as forças armadas tailandesas lançaram “ataques não provocados, premeditados e deliberados contra posições cambojanas ao longo das áreas de fronteira”. O governo cambojano acusa a Tailândia de violar o direito internacional em suas ações.
“Diante desta flagrante agressão, as tropas cambojanas não tiveram outra opção senão responder em legítima defesa, a fim de salvaguardar a soberania e a integridade territorial do Camboja”, justificou o primeiro-ministro Manet na correspondência oficial.
Ainda segundo o premiê, a ação tailandesa é “profundamente repreensível” enquanto o Camboja busca ativamente soluções pacíficas para as disputas fronteiriças bilaterais. Do outro lado, a Tailândia também acusa o Camboja de violações, alegando que o país vizinho instalou minas terrestres em território tailandês e disparou foguetes contra áreas civis.
O Ministério das Relações Exteriores da Tailândia emitiu um comunicado afirmando que o governo tailandês “apela ao Camboja para que assuma a responsabilidade pelos incidentes ocorridos, cesse os ataques contra alvos civis e militares e interrompa todas as ações que violem a soberania da Tailândia”. A nota adverte ainda que a Tailândia está “preparada para intensificar nossas medidas de autodefesa se o Camboja persistir em seus ataques armados e violações”.
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