A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização, distribuição e uso de oito lotes do suplemento D-Ômega, uma combinação popular de ômega 3 e vitamina D. A medida, divulgada no Diário Oficial da União, afeta produtos fabricados pela DVN Pharma, da empresa Divina Distribuidora de Vitaminas Naturais Ltda.
O motivo da suspensão é a identificação de informações incorretas nos rótulos referentes ao prazo de validade. A própria fabricante detectou a falha e prontamente notificou a Anvisa, demonstrando proatividade na resolução do problema. A empresa já iniciou o recolhimento voluntário dos produtos afetados, em conformidade com a legislação sanitária vigente.
Os lotes sob suspensão são os seguintes: 706200124, 706200225, 706200325, 706200425, 706200525, 706800125, 706800225 e 706800325. A Anvisa orienta consumidores a verificarem se possuem algum desses lotes e, em caso afirmativo, suspenderem o uso imediatamente.
A Anvisa ressalta que a declaração incorreta do prazo de validade pode comprometer a segurança do consumidor. “O erro no prazo de validade compromete tanto a segurança quanto o benefício nutricional do suplemento”, informou a agência em comunicado.
De acordo com a Anvisa, a ingestão de suplementos com validade vencida ou duvidosa pode ser prejudicial à saúde. No caso específico do ômega 3, a oxidação dos ácidos graxos pode gerar substâncias tóxicas, dependendo do tempo e das condições de armazenamento. Já a vitamina D perde estabilidade com o tempo, diminuindo a eficácia do produto.
A suspensão dos lotes de D-Ômega ocorre em um contexto de intensificação da fiscalização da Anvisa sobre alimentos e suplementos. Em 2025, a agência já puniu diversas marcas, retirando produtos do mercado por problemas de qualidade e riscos sanitários. A lista de irregularidades inclui desde a presença de microrganismos nocivos até a falta de transparência na origem e no processo de fabricação.
O mercado de suplementos alimentares tem apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, movimentando bilhões de reais no Brasil. Essa expansão, embora positiva para a economia, também exige maior rigor na fiscalização, a fim de garantir a segurança e a qualidade dos produtos oferecidos aos consumidores.
A Anvisa recomenda que os consumidores desconfiem de promessas exageradas, como curas milagrosas ou emagrecimento instantâneo. Produtos que fazem alegações sem comprovação científica não seguem os critérios regulatórios da agência e podem representar riscos à saúde.
Fonte: http://www.metropoles.com