A Polícia Civil do Paraná concentra esforços nesta quinta-feira (24) na elucidação do grave acidente que envolveu um trem de carga e um ônibus biarticulado na capital paranaense. O maquinista e o motorista do coletivo serão ouvidos para determinar as causas da colisão, ocorrida na noite de terça-feira (22) e que resultou em 11 pessoas feridas. Os depoimentos são considerados peças-chave para o inquérito.
As versões sobre o acidente divergem. Segundo relatos, o motorista do ônibus alega que o trem não emitiu o sinal sonoro de alerta, enquanto o maquinista e uma passageira do ônibus afirmam o contrário. Testemunhas também foram ouvidas na quarta-feira (23), conforme informou o delegado Edgar Santana, buscando esclarecer os fatos.
O acidente, ocorrido por volta das 23h30 na Avenida Paraná, no bairro Cabral, expôs a violência do impacto, capturado por câmeras de segurança. A colisão atingiu o ônibus em uma das articulações, separando o veículo em duas partes. O Corpo de Bombeiros agiu rapidamente para socorrer as vítimas, encaminhando duas pessoas para hospitais e atendendo outras nove no local.
O especialista em trânsito Celso Mariano ressalta a importância de reforçar a sinalização nas passagens de nível, alertando para a imprevisibilidade dos horários de circulação dos trens em áreas urbanas. “Muitos condutores acabam sendo surpreendidos pela falta de previsibilidade nos horários em que os trens cruzam os trechos urbanos”, afirma Mariano, sugerindo que alterações nos horários pela empresa responsável podem aumentar os riscos de acidentes.
Em maio, um incidente similar em Pinhais, também na Região Metropolitana de Curitiba, envolveu um trem e diversos veículos, resultando em uma fatalidade. A Rumo, concessionária responsável pela ferrovia, assegura que as operações são monitoradas 24 horas por dia e que segue todas as normas operacionais, buscando minimizar o impacto à população, mas os recentes acidentes reacendem o debate sobre a segurança nas linhas férreas da região.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br
