O governo Trump demonstra renovado interesse nos minerais críticos brasileiros, elementos essenciais para o desenvolvimento de tecnologias avançadas, como energias limpas e veículos elétricos. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) após uma reunião com Gabriel Escobar, encarregado de negócios e embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil. O encontro, solicitado pela representação americana, ocorreu na sede do Ibram em Brasília, com a presença do presidente do instituto, Raul Jungmann, e do vice-presidente, Fernando Azevedo.
Segundo o comunicado oficial do Ibram, Escobar manifestou particular interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, atualmente em desenvolvimento pelo governo brasileiro. A iniciativa legislativa visa regular e impulsionar o setor. Raul Jungmann enfatizou a continuidade do interesse americano, declarando: “O interesse dos EUA permanece em minerais críticos estratégicos”, sinalizando a importância do Brasil no cenário global de recursos minerais.
O foco internacional nos minerais críticos, especialmente as terras raras, tem se intensificado devido à transição energética mundial e à crescente demanda por tecnologias de ponta. A importância estratégica desses recursos é tamanha que, no passado, Trump chegou a considerar medidas extremas, incluindo intervenção militar, para garantir o acesso a eles. A reportagem da NBC News, em 29 de março, sobre a intenção de anexar a Groenlândia é um exemplo.
Contudo, a relevância mineral não se restringe à ilha ártica. O Brasil detém a terceira maior reserva de terras raras do planeta, além de outras fontes significativas de minerais críticos. Esses dados, provenientes do Ministério de Minas e Energia (MME), reforçam o papel estratégico do país no fornecimento desses recursos essenciais para o futuro tecnológico e energético global.
Fonte: http://jovempan.com.br