O mercado de trabalho formal no Brasil demonstrou vigor no primeiro semestre, com a criação de 1,22 milhão de vagas com carteira assinada, de acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Este desempenho consolida um período de crescimento contínuo, embora apresente um leve recuo em relação ao ano anterior.
Embora o resultado seja expressivo, ele representa uma diminuição de 6,8% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram criadas 1,31 milhão de vagas. O saldo positivo do semestre é resultado de 13.903.526 contratações frente a 12.680.935 demissões, evidenciando uma dinâmica de mercado aquecida, porém com nuances.
O Novo Caged, implementado em janeiro de 2020, unifica dados do eSocial, Caged e Empregador Web, proporcionando um panorama detalhado do emprego formal no país. “O sistema permite um acompanhamento minucioso da evolução do emprego, com recortes geográficos, setoriais, ocupacionais, por gênero e por faixa etária”, informou o MTE em nota.
No mês de junho, foram criadas 166.621 vagas, um aumento de 8,77% em relação a maio, mas uma queda de 19,2% em comparação com junho de 2024. Este é o pior resultado para o mês de junho desde 2023, mas ainda demonstra uma criação positiva de empregos.
O setor de serviços liderou a criação de vagas em junho, seguido pelo comércio e pela indústria, indicando uma recuperação diversificada da economia. O salário médio real em junho foi de R$ 2.278,37, um aumento de 1,09% em relação a maio e de 1,28% em relação a junho do ano anterior.