Milhares de pessoas foram às ruas em diversas cidades do Brasil neste domingo, em atos organizados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As manifestações ocorreram em pelo menos 100 cidades, incluindo capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém e Porto Alegre.
Os protestos foram convocados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, impossibilitado de comparecer devido a medidas cautelares impostas pelo STF, acompanhou as manifestações à distância. Em São Paulo, o deputado Nikolas Ferreira liderou o ato, realizando uma ligação telefônica ao vivo para Bolsonaro, a quem se referiu como uma força presente mesmo sob restrições.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também discursou em São Paulo, expressando surpresa com a adesão popular. Registros de grande participação foram reportados também em cidades do interior paulista, como Araçatuba.
No Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro representou o pai com um boneco de papelão em tamanho real do ex-presidente. Em Brasília, a deputada Bia Kicis e o deputado Thiago Manzoni lideraram os atos, afirmando que os manifestantes representavam a “voz do presidente Bolsonaro” e de outros nomes da oposição.
A ausência de governadores de direita como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Júnior (PR) foi notada, justificada por compromissos prévios ou procedimento médico.
Com o retorno das atividades legislativas, lideranças bolsonaristas esperam que os atos aumentem a pressão política no Congresso para a votação do projeto de anistia aos presos do 8 de janeiro e o impeachment de Moraes. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, apelou aos partidos do Centrão para que abandonem o governo e se juntem à oposição, cobrando do STF permissão para a votação da anistia. Durante os atos, o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foram alvos de críticas.