Um estudo global, publicado no JAMA Health Forum, revelou o impacto significativo da vacinação contra a Covid-19. De 2020 a 2024, as campanhas de imunização evitaram a morte de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo, demonstrando o papel crucial das vacinas no controle da pandemia. Os pesquisadores das universidades de Stanford e Roma analisaram dados populacionais e registros de mortalidade por faixa etária para chegar a essa estimativa.
O levantamento aponta que, além de evitar óbitos, a vacinação proporcionou um ganho de 15 milhões de anos de vida à população mundial. Os resultados indicam que, em média, a cada 5.400 doses aplicadas, uma morte foi evitada. E para cada 900 doses administradas, um ano de vida foi salvo. Os maiores benefícios foram observados em pessoas com 60 anos ou mais, grupo populacional mais vulnerável aos efeitos graves da doença.
Os pesquisadores destacam que a maior parte das vidas salvas corresponde a indivíduos vacinados antes de contrair o vírus. Surpreendentemente, 57% dos óbitos evitados ocorreram durante o período de predominância da variante Ômicron, no início de 2021. O estudo também revela que 76% dos anos de vida poupados se concentram na população idosa, evidenciando a importância da vacinação para proteger esse grupo de risco.
Embora os sintomas originais da Covid-19, como a perda de olfato, tenham se atenuado com o tempo, é importante estar atento aos sinais da doença. Atualmente, os sintomas mais comuns são semelhantes aos da gripe, incluindo coriza, tosse, dores de cabeça e garganta. Uma diferença notável é a menor incidência de febre em casos leves de Covid-19. Além disso, relatos indicam que pessoas infectadas com variantes derivadas da JN.1 podem apresentar insônia, preocupação e ansiedade.
Os autores do estudo enfatizam que seus resultados reforçam o valor da vacinação, especialmente para populações mais vulneráveis. Eles observam que, mesmo adotando uma abordagem conservadora, os benefícios da imunização foram substanciais. “Embora a vacinação em massa seja uma ferramenta essencial, os dados indicam uma concentração de impacto da preservação de vidas em faixas etárias mais velhas. Por isso, o foco das campanhas feito nestas populações foi mais acertado”, concluíram.
Fonte: http://www.metropoles.com