Em meio à escalada de tensões, o Kremlin afirmou no domingo que a Rússia continua aberta a negociações para resolver o conflito na Ucrânia por meios políticos e diplomáticos. A acusação, feita pelo porta-voz Dmitry Peskov, aponta que Kiev e seus aliados ocidentais estariam rejeitando repetidamente as propostas de diálogo, inviabilizando um cessar-fogo. Agências de notícias russas repercutiram amplamente a declaração.
“Nossa rota preferida é por meios políticos e diplomáticos”, declarou Peskov, segundo a agência estatal TASS. O porta-voz, no entanto, não apresentou evidências concretas para corroborar a alegação de que todas as tentativas de diálogo foram sumariamente descartadas pela Ucrânia e por seus apoiadores internacionais. A Rússia mantém sua operação militar em território ucraniano sob esta justificativa.
O conflito, que teve início com a invasão russa em larga escala em fevereiro de 2022, já resultou na ocupação de aproximadamente um quinto do território ucraniano. Em setembro do mesmo ano, o presidente Vladimir Putin formalizou a anexação de quatro regiões ucranianas – Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia – um movimento amplamente condenado pela comunidade internacional.
Enquanto as tropas russas avançam lentamente no leste, Moscou demonstra não ter intenção de abandonar seus objetivos de guerra. Paralelamente, nos Estados Unidos, Donald Trump tem defendido um acordo de paz e sinalizado a possibilidade de aumentar a pressão sobre a Rússia. A Ucrânia, por sua vez, tem intensificado ataques dentro do território russo, mirando, segundo declarações oficiais, infraestruturas militares cruciais para as operações russas.
O Kremlin respondeu com intensos ataques aéreos e com drones, e ambos os lados negam ter civis como alvos. No entanto, a guerra já causou milhares de mortes, principalmente de cidadãos ucranianos. Estima-se que um grande número de soldados também tenha perdido a vida em combate, mas nenhum dos lados divulga dados oficiais. Estimativas dos Estados Unidos apontam que o conflito já deixou mais de 1,2 milhão de feridos ou mortos.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br