O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) elevou o tom contra o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), nesta terça-feira (5/8), acusando-o de “sumir” durante a operação que culminou na prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A crítica surge em meio ao recesso parlamentar e reacende tensões no cenário político. Flávio espera que Alcolumbre paute o impeachment de Alexandre de Moraes.
Durante coletiva de imprensa convocada pela oposição, Flávio Bolsonaro expressou sua frustração com a ausência de Alcolumbre, contrastando-a com a postura do seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele alertou para as possíveis consequências caso Alcolumbre não atenda às demandas da oposição, especialmente no que se refere ao impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Torço para que Davi Alcolumbre não repita os erros do Rodrigo Pacheco. Se o Davi seguir na mesma toada, e não contestar os crimes de responsabilidade de Alexandre de Moraes, terá os ônus e bônus disto… Davi passa uma semana sumido, sem atender o telefone. Essa não é a postura que esperamos de um presidente eleito com o nosso apoio”, declarou Flávio Bolsonaro, evidenciando o descontentamento da base bolsonarista.
A pressão sobre Alcolumbre ocorre em um momento delicado, com pelo menos 26 pedidos de impeachment de ministros do STF tramitando no Senado. Apesar de ter sido eleito com o apoio do PL, Alcolumbre já manifestou sua contrariedade ao impeachment de ministros do STF, temendo que a medida agrave a crise política no país. Flávio Bolsonaro insiste que os pedidos tem fundamento.
Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, também engrossou as críticas a Alcolumbre. Marinho lamentou a falta de interlocução com o presidente do Senado, classificando a situação como um “desrespeito”. Para ele, é crucial que Alcolumbre demonstre “estatura” neste momento e permita a abertura do processo de impeachment contra Alexandre de Moraes.