Vapes, pods, cigarros eletrônicos: a variedade de nomes esconde uma realidade preocupante. Embora a venda e o uso desses dispositivos eletrônicos para fumar sejam proibidos por leis federais e estaduais, sua popularidade continua a crescer, especialmente no Paraná.
A proibição, em vigor há quase 15 anos no estado e reforçada por resoluções da Anvisa em nível nacional, parece não ser suficiente para conter o avanço do consumo. “As restrições são amplas, impostas por resolução da Anvisa”, detalha o promotor de justiça Igor Rabel Corso, do Ministério Público do Paraná, evidenciando a seriedade da legislação existente.
Dados recentes revelam um aumento alarmante no número de usuários. Um estudo do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) aponta um crescimento de 600% no consumo de cigarros eletrônicos em apenas seis anos, totalizando cerca de 3 milhões de adultos em 2023. O Paraná se destaca negativamente, liderando o ranking de estados com maior consumo, atingindo 4,5% da população.
Outro levantamento do Ministério da Saúde, também de 2023, expõe uma tendência preocupante entre os jovens: um em cada quatro brasileiros entre 18 e 24 anos já experimentou cigarros eletrônicos. Diante desse cenário, o promotor Igor Corso reforça a importância da conscientização da sociedade para combater os impactos negativos na saúde das novas gerações.
A discussão sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos segue em andamento no Congresso Nacional, porém, sem previsão de votação no curto prazo. Enquanto isso, a fiscalização e a conscientização permanecem como ferramentas cruciais para frear o avanço do consumo e proteger a saúde pública, especialmente entre os jovens.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br
