sábado, agosto 2, 2025

Selic Mantida em 15%: Copom Sinaliza Fim do Ciclo de Alta, Mas Futuro dos Juros Divide Analistas

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central iniciou sua reunião nesta terça-feira (29/7) para definir a taxa Selic, que baliza os juros da economia brasileira. A expectativa geral do mercado financeiro é de que a taxa seja mantida em 15% ao ano, encerrando um ciclo de elevações que se iniciou em setembro do ano passado. A decisão terá impacto nos investimentos e no custo do crédito pelos próximos 45 dias.

Embora haja um consenso sobre a manutenção da Selic, a divergência reside no momento em que o Copom começará a reduzir os juros. As projeções variam amplamente, com alguns analistas prevendo cortes já em dezembro deste ano, enquanto outros apostam em uma redução apenas no primeiro trimestre de 2026. Há ainda quem acredite que a taxa permanecerá nos atuais 15% até o final do próximo ano, refletindo a incerteza no cenário econômico.

Na reunião de junho, o Copom elevou a Selic para 15% ao ano, marcando a sétima alta consecutiva. Essa escalada levou a taxa ao patamar mais elevado em quase 20 anos, desde julho de 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A justificativa para o aumento foi a resiliência da economia, que dificulta a convergência da inflação à meta estabelecida pelo governo.

“Grande parte dos impactos da taxa mais contracionista ainda está por vir”, avaliou o comitê na ata da reunião anterior, sinalizando uma postura de cautela. O Copom também enfatizou que permanecerá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue necessário para garantir a estabilidade dos preços. Essa postura conservadora reflete a preocupação com as expectativas de inflação, que ainda não estão totalmente ancoradas.

Para Leonardo Costa, economista da ASA, o comunicado pós-Copom deve reforçar a necessidade de manter os juros altos por um período prolongado. A Warren Investimentos, por sua vez, destaca que os dados de atividade econômica mostram sinais de moderação e que os indicadores de inflação apresentaram melhora. A expectativa é que o Banco Central adote um discurso prudente, reiterando a importância de observar os efeitos da política monetária e de manter a taxa em nível restritivo por tempo suficiente.

Fonte: http://www.metropoles.com

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