O Barão Vermelho, ícone do rock nacional, segue firme na estrada, cativando novas plateias e reafirmando seu legado. Formado por Guto Goffi, Maurício Barros, Fernando Magalhães e Rodrigo Suricato, o grupo demonstra que a essência do rock permanece viva, como evidenciado em sua apresentação no João Rock, em Ribeirão Preto.
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles durante o festival, Maurício e Fernando compartilharam a alegria de apresentar o trabalho do Barão para um público que não vivenciou seus primeiros anos. A banda, com mais de 40 anos de história, celebra o impacto de projetos como o filme e o documentário sobre Cazuza, que despertaram a curiosidade dos jovens.
“Para gente é uma felicidade estar mostrando o trabalho do Barão, depois de 40 anos, para várias gerações novas”, declarou Fernando. Ele ressaltou como a banda continua a acender a curiosidade sobre as diferentes fases do Barão, desde a era Cazuza e Frejat até a atual com Rodrigo Suricato.
Maurício Barros enfatizou que festivais como o João Rock desempenham um papel crucial em apresentar o Barão Vermelho a um público diversificado. “É muito comum que as pessoas saiam do show e falem: ‘Caramba, eu conhecia todas as músicas e eu nem estava ligado'”, explicou. Ele ainda surpreende-se com a quantidade de pessoas que desconhecem a passagem de Cazuza pela banda.
Apesar das transformações na música e no mundo, o espírito do rock permanece pulsante. Maurício Barros observa que, embora o contexto das letras tenha evoluído, temas relevantes dos anos 1980, infelizmente, ainda ressoam na atualidade. “O rock mudou bastante, a música mudou bastante, mas, principalmente, o mundo mudou bastante”, concluiu, celebrando a capacidade do gênero de se reinventar a cada geração.
Em 2023, o Barão Vermelho foi premiado no Multishow com a música “Do Tamanho da Vida”, feita a partir de uma letra inédita de Cazuza, um momento especial impulsionado pela mãe do cantor. “A Lucinha [Araújo], mãe do Cazuza, nos ofereceu várias letras guardadas. A gente leu, escolheu com carinho, trabalhou junto e transformou uma delas em música”, revelou Fernando Magalhães.
Fonte: http://www.metropoles.com