A realização da COP30 em Belém está confirmada, segundo o presidente da Conferência, André Corrêa do Lago. Em pronunciamento à Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o embaixador assegurou que o governo está empenhado em encontrar alternativas para solucionar a crise de hospedagem na capital paraense, que tem gerado preocupação internacional. A declaração surge em meio a críticas e desistências, como a do presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, devido aos altos preços das diárias.
Diante da pressão crescente, o governo intensificou as negociações com o setor hoteleiro local. Corrêa do Lago admitiu que a inflação de preços é comum em eventos dessa magnitude, mas que a situação em Belém, com valores até 15 vezes acima da média, exige uma intervenção. “A presidência passou a intervir [na política de preços] quando começou a afetar o andamento da COP. Quando um país diz que nao vai vir, isso afeta as nossas negociações. Precisamos que todos venham”, declarou.
Apesar dos desafios, o embaixador descartou a mudança da sede para outras cidades com maior infraestrutura, como São Paulo ou Rio de Janeiro. Ele reforçou o compromisso com Belém, enfatizando o simbolismo de realizar a conferência em uma cidade que representa a realidade de muitos centros urbanos em desenvolvimento. “Sim, vai ser em Belém. Eu tenho dito que não há plano B. O plano B é B de Belém”, concluiu Corrêa do Lago, reafirmando a importância da escolha para o debate sobre as mudanças climáticas.