sábado, agosto 2, 2025

Esqueci de vacinar meu filho no prazo, e agora?

Share

Atrasos no calendário vacinal são mais comuns do que se imagina, saiba como regularizar com segurança e sem culpa

Enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Elisa Lino

É comum que, em meio à rotina corrida de muitas famílias, a vacinação dos filhos acabe sendo adiada. Datas passam despercebidas, surgem imprevistos ou até dúvidas sobre os prazos ideais de cada dose. Mas afinal, o que fazer quando há atraso no calendário vacinal infantil? A boa notícia é que, em quase todos os casos, é possível, e necessário, colocar as vacinas em dia, garantindo a proteção da criança contra diversas doenças. O mais importante é não desistir e procurar orientação o quanto antes.

Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Elisa Lino, o primeiro passo é não se desesperar, já que vacinas atrasadas não anulam a eficácia das doses anteriores. “A regra geral é simples: a vacinação deve ser retomada de onde parou, sem a necessidade de reiniciar o esquema vacinal completo. Os postos de saúde e clínicas privadas estão preparados para analisar a caderneta de vacinação e oferecer o melhor plano de atualização conforme a idade da criança e os imunizantes já aplicados”, afirma.

Desmistificando o atraso

Elisa destaca que não existe um “prazo máximo” rígido para muitas vacinas, mas o ideal é retomar o quanto antes para evitar exposição prolongada a doenças potencialmente graves, como sarampo, coqueluche, meningite e poliomielite. “Cada dose tem um intervalo mínimo e máximo seguro. Em caso de dúvida, é fundamental buscar orientação profissional para garantir que a imunização seja eficaz e segura. O importante é entender que o sistema de vacinação é flexível e está preparado para lidar com esses intervalos, permitindo que a proteção seja retomada de forma segura e eficaz, sem necessidade de recomeçar do zero”, diz a enfermeira.

Outro ponto que a especialista ressalta é que os pais não devem se sentir culpados. “O atraso acontece, e nosso papel é acolher e orientar. Com um bom planejamento e orientação técnica, a carteirinha pode ser atualizada sem prejuízo à saúde da criança”, afirma Elisa. A profissional também lembra que, além das vacinas obrigatórias do Programa Nacional de Imunizações (PNI), existem vacinas recomendadas que podem ser incluídas conforme a faixa etária, estilo de vida e riscos de exposição da criança.

Dicas para regularizar a vacinação

1 – Reveja a carteirinha de vacinação com um profissional: leve o documento a um posto de saúde ou clínica especializada para avaliação e montagem de um cronograma de atualização.
2 – Evite automedicação ou decisão sem consulta profissional: a ordem e os intervalos entre as doses são importantes e devem ser respeitados.
3 – Aproveite campanhas de vacinação: durante as campanhas, é possível ter acesso a vacinas com maior facilidade e apoio da equipe de saúde.
4 – Crie lembretes e alertas no celular: para evitar novos atrasos, use aplicativos ou calendários com notificações personalizadas.
5 – Informe-se sobre vacinas recomendadas além do PNI: a imunização pode ser complementada com vacinas disponíveis na rede privada, como a contra meningite B, HPV em meninos, entre outras.

COTAÇÃO DO DIA

BRL - Moeda brasileira
USD
5,539
EUR
6,421
GBP
7,340

Mais lidas

DE TUDO UM POUCO