Durante seu mandato, o ex-presidente Donald Trump não hesitou em utilizar tarifas como ferramenta de política econômica, uma prática que gerou tensões e reconfigurou as relações comerciais globais. O republicano, como ele mesmo admitiu, tinha na imposição de tarifas uma de suas estratégias favoritas.
Essa predileção se materializou em diversas medidas que afetaram parceiros comerciais dos Estados Unidos, incluindo o Brasil. Trump implementou tarifas abrangentes, elevou impostos de importação sobre produtos específicos e frequentemente ameaçou adotar medidas ainda mais drásticas, criando um clima de incerteza no cenário econômico internacional.
O Brasil, em particular, sentiu os efeitos dessa política. Em julho, o então presidente Trump enviou uma carta ao presidente Lula, na qual justificava a imposição de uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A justificativa misturava alegações comerciais com questões políticas.
A medida, que chegou a ter sua data de início adiada, previa diversas exceções, poupando produtos considerados essenciais como suco de laranja, petróleo e aeronaves. Essa manobra demonstra a volatilidade das decisões de Trump, que frequentemente alterava ou suspendia tarifas já em vigor.
No entanto, a imposição contínua de tarifas por Trump enfrentou desafios legais significativos. Decisões do Tribunal de Comércio Internacional colocaram em xeque a legalidade de algumas dessas medidas, levando o governo americano a recorrer. A complexa teia de tarifas, seus impactos e os desafios legais que enfrentou, revelam um capítulo importante da história recente do comércio internacional.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br