O mercado financeiro ajustou ligeiramente suas apostas sobre a magnitude do corte de juros que o Federal Reserve (Fed) pode implementar em sua reunião de setembro. A revisão ocorre em resposta à divulgação de um conjunto de indicadores econômicos dos Estados Unidos, incluindo dados sobre o sentimento do consumidor, vendas no varejo e atividade industrial.
Investidores também permanecem atentos a eventos geopolíticos significativos, como o encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. A combinação de dados econômicos e tensões globais contribui para a volatilidade nas expectativas do mercado.
De acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group, as chances estimadas de um corte de 25 pontos-base (pb) nos juros em setembro recuaram de 92,6% para 90,6% após a divulgação dos dados. Essa leve queda reflete uma cautela crescente entre os investidores.
A probabilidade de uma redução mais agressiva, de 50 pb, permanece nula. Em contrapartida, a possibilidade de manutenção das taxas de juros subiu para 9,4%, ante os 7,4% registrados antes da divulgação dos indicadores econômicos. Essa movimentação sugere que o mercado considera a possibilidade de o Fed adotar uma postura mais conservadora.
As expectativas para os cortes de juros até o final do ano também sofreram ajustes marginais. A chance estimada de um corte acumulado de 75 pb até dezembro diminuiu ligeiramente, de 43,1% para 43,0%. Já a probabilidade de um corte menor, de 50 pb, se manteve estável em 44,7%, indicando uma divisão nas apostas sobre a política monetária futura.
“Os dados de varejo dos EUA confirmam a desaceleração econômica”, aponta um economista em análise da Money News, refletindo a preocupação com o ritmo de crescimento da economia americana e suas possíveis implicações para as decisões do Fed.