Douglas Romanoviski foi formalmente indiciado pela polícia pelos crimes de duplo latrocínio e ocultação de cadáver, no caso do desaparecimento de Maria Auxiliadora, de 78 anos, e seu filho, Fábio de Souza. Ele permanece sob prisão preventiva.
A investigação aponta que Romanoviski se apropriou do apartamento de Fábio de Souza, alegando ter adquirido o imóvel de maneira informal. A polícia também descobriu que ele tomou posse do carro de Fábio, um Gol, declarando ter comprado o veículo da mesma forma.
O pai de Romanoviski declarou que o filho não teria condições financeiras para comprar o apartamento, e que o carro havia sido emprestado por Fábio.
A polícia utilizou dados de GPS, radares de trânsito e imagens de câmeras de segurança, que posicionam Romanoviski em Antonina, no mesmo horário em que mensagens eram enviadas do celular de Maria Auxiliadora para seus familiares.
Transferências bancárias totalizando mais de R$ 40 mil, realizadas da conta de Maria Auxiliadora para contas de Romanoviski e de seu filho, também foram consideradas elementos cruciais no indiciamento. A investigação ainda revelou que Romanoviski tentou receber valores de clientes de Fábio, referentes a negócios que ele mantinha.
Embora tenha indiciado Romanoviski, a delegada responsável pelo caso solicitou a prorrogação do prazo das investigações, buscando reunir mais evidências que o liguem aos crimes, bem como identificar possíveis cúmplices. A principal prioridade é a localização dos corpos das vítimas.
A investigação tenta determinar o que aconteceu com Maria Auxiliadora e Fábio de Souza durante um período de 22 dias entre o desaparecimento, em 24 de junho, e a data em que se presume que os corpos foram ocultados, em 16 de julho, entre a Serra da Graciosa e Antonina. A polícia busca determinar se as vítimas permaneceram vivas durante esse período e, em caso negativo, quando e como foram mortas.