Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o Afeganistão no último domingo (31/8), resultando em uma tragédia humana de proporções alarmantes. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (4/9) pelo porta-voz adjunto do governo talibã, Hamdullah Fitrat, o número de vítimas fatais já ultrapassou a marca de 2.217, com mais de 3 mil pessoas feridas. A região afetada, de difícil acesso e caracterizada por áreas montanhosas, enfrenta agora uma crise humanitária complexa.
As equipes de resgate continuam incansáveis na busca por sobreviventes sob os escombros das casas destruídas. “Os esforços de resgate e busca continuam, tendas foram montadas para as pessoas em várias áreas, e a transferência de suprimentos essenciais e ajuda urgente está ocorrendo de forma organizada”, afirmou o porta-voz Fitrat, evidenciando os esforços em curso para mitigar o sofrimento da população afetada.
O impacto do terremoto não se restringiu ao Afeganistão, sendo sentido também em países vizinhos como Paquistão e Índia, com relatos de tremores em Islamabad e Delhi, respectivamente. A magnitude da destruição é evidente nos mapas divulgados por diferentes entidades, que ilustram a intensidade dos tremores em diversas regiões e a extensão dos danos causados.
Diante da magnitude da tragédia, o governo talibã fez um apelo à comunidade internacional por assistência imediata. A destruição de estradas e a escassez de recursos, como a disponibilidade de apenas quatro helicópteros para o socorro, dificultam o acesso às áreas mais afetadas e o atendimento aos feridos, que necessitam de cuidados urgentes em hospitais próximos.
Localizado em uma zona de convergência de placas tectônicas, o Afeganistão é frequentemente palco de atividades sísmicas. Este recente terremoto é o mais letal no país desde junho de 2022, quando tremores causaram a morte de aproximadamente mil pessoas, expondo a vulnerabilidade da região a desastres naturais e a necessidade de medidas de prevenção e preparação mais eficazes.