Em pronunciamento transmitido em rede nacional no sábado, véspera do Dia da Independência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a soberania nacional e teceu críticas a políticos que, segundo ele, priorizam interesses pessoais em detrimento do país.
Em um contexto de tensões, o presidente Lula reafirmou que o Brasil não será “novamente colônia de ninguém”, destacando a capacidade do governo de atender às necessidades de sua população sem interferência externa. “Defendemos nossa democracia e resistiremos a qualquer um que tente golpeá-la”, declarou, classificando como “inadmissíveis” os ataques ao Brasil motivados por políticos que defendem seus próprios interesses.
Sem citar nomes, o presidente criticou a atuação de deputados brasileiros nos Estados Unidos, que estariam pressionando o governo norte-americano a impor sanções contra o Brasil e suas autoridades. “Foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas seus interesses pessoais. São traidores da pátria. A história não os perdoará”, afirmou.
O presidente também abordou a questão da regulamentação das redes sociais, defendendo que estas não podem estar acima da lei e que devem combater ativamente a disseminação de notícias falsas, discursos de ódio, exploração sexual de crianças e adolescentes, golpes financeiros, racismo e violência contra mulheres.
Lula aproveitou a oportunidade para destacar medidas recentes implementadas por seu governo, como a saída do Brasil do Mapa da Fome, a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$5 mil, e uma operação policial de grande porte contra a lavagem de dinheiro proveniente do crime organizado.
No domingo, dia 7 de setembro, movimentos sociais e apoiadores do presidente Lula realizaram manifestações em diversas cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. As pautas dos protestos incluíram a rejeição à anistia, a luta pelo fim da escala de trabalho 6×1, a defesa da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a defesa da soberania nacional.
Em Brasília, o presidente Lula participou do desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, que reuniu cerca de 45 mil pessoas. Em discurso recente, o presidente ressaltou a importância do engajamento popular na luta contra a anistia, argumentando que a extrema-direita ainda detém força no Congresso.