Pesquisador analisa influências ocultistas na música moderna

Estudo aponta que o show de Filipe Ret reflete uma tendência de ocultismo na música atual.

O show de Filipe Ret em Campos, no Rio de Janeiro, gerou polêmica ao projetar imagens de demônios, levantando discussões sobre a influência do ocultismo na música moderna. Vinícius Lana, especialista em escatologia, destaca que esses fenômenos refletem uma normalização de práticas ocultistas na cultura popular, não se limitando ao rapper, mas se estendendo a outros artistas e gêneros musicais.

A transformação do show e suas repercussões

Durante a apresentação, o rosto de Filipe Ret foi transformado em imagens demoníacas, o que chocou muitos dos presentes. Essa não é a primeira vez que o rapper é criticado por suas letras, que frequentemente contêm referências a elementos sobrenaturais e declarações contra a fé cristã. A canção “Deuses Ateus”, por exemplo, menciona atos de vandalismo contra igrejas e pastores, enquanto em “Réus”, ele se autodenomina um “anjo expulso do céu”.

A tendência do ocultismo na música atual

Lana ressalta que essas manifestações artísticas estão se tornando mais evidentes, com artistas como o MC Cabelinho, que em sua música “Bala e Fogo” afirma ter “vendido a própria alma ao diabo”, e Matuê, que utiliza símbolos ocultistas em suas apresentações. Especialistas apontam que essa normalização de temas obscuros pode influenciar jovens e criar um ambiente propício para a aceitação de práticas ocultistas.

Impactos culturais e sociais

A expansão dessas influências não se limita ao rap; gêneros como funk e música eletrônica também estão incorporando elementos semelhantes. Festivais e raves têm apresentado projeções de figuras estranhas e robóticas, gerando um ambiente que críticos consideram ligado a um “universo trevoso”. Essas mudanças na música popular refletem um movimento cultural mais amplo, onde a linha entre entretenimento e espiritualidade se torna cada vez mais tênue.