Uma cápsula do tempo, selada há 104 anos, foi descoberta no quartel do 4° Batalhão de Infantaria Mecanizado (Bimec) em Osasco, região metropolitana de São Paulo. A abertura da caixa ocorreu em 28 de agosto, data que marca o início da construção do próprio quartel.
A descoberta foi motivada por uma coincidência: o Major Faulstich, da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), desconfiou da existência da cápsula após a localização acidental de outra caixa similar em um quartel de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
A partir dessa suspeita, o Major Faulstich iniciou uma pesquisa que o levou a um datado de 30 de agosto de 1921, confirmando a existência da cápsula em Osasco. Após buscas, o artefato histórico foi finalmente encontrado.
O conteúdo da cápsula do tempo, enterrada em 28 de agosto de 1921, foi encontrado em notável estado de conservação. Dentro da caixa, estavam uma edição do A Tribuna, de Santos, uma edição do Correio Paulistano, uma edição do O Estado de São Paulo, a ata de lançamento da pedra fundamental do quartel, e 11 moedas de réis.
A cerimônia de lançamento da pedra fundamental, que marcou o início da construção do batalhão, contou com a presença de figuras ilustres da época. A ata encontrada na cápsula revela as assinaturas de Epitácio Pessoa, então Presidente da República; Pandiá Calógeras, Ministro da Guerra; Washington Luiz, “Presidente” do Estado de São Paulo; General Rondon, Diretor de Engenharia; e diversas outras autoridades.
Após receber o tratamento adequado, o material histórico será exposto no Museu do Regimento Raposo Tavares.