A Fórmula 1 busca consolidar sua popularidade global com propostas inovadoras para os fins de semana de corrida. Stefano Domenicali, CEO da categoria, tem impulsionado mudanças visando atrair ainda mais o público, e suas ideias ganharam o endosso de dois nomes importantes do esporte: Flavio Briatore e Helmut Marko.

Apesar das críticas de alguns puristas em relação a formatos como mais corridas Sprint, grids invertidos e GPs mais curtos, a visão de Briatore é clara: o foco deve ser o entretenimento. O ex-chefe de equipe ressalta a importância dos fãs e defende que a categoria precisa retribuir o apoio incondicional que recebe.

Briatore, um defensor histórico do espetáculo, propõe a realização de corridas Sprint em todas as etapas do campeonato. Ele argumenta que os treinos livres de sexta-feira carecem de apelo e que a introdução de competição já nesse dia tornaria o fim de semana mais interessante. O sucesso de público em Monza e nos Estados Unidos, segundo ele, é prova de que a fórmula do entretenimento funciona.

No entanto, Briatore manifesta preocupação com as mudanças técnicas previstas para 2026, que incluem novas regras aerodinâmicas e alterações nas unidades de potência. Para ele, a complexidade dos regulamentos pode gerar confusão e impactar negativamente o espetáculo na pista. Além disso, ele questiona os altos custos envolvidos nas mudanças de motores e carros.

Helmut Marko, consultor da Red Bull, também demonstra abertura às ideias de Domenicali. Ele revela que até mesmo Max Verstappen, inicialmente cético em relação às corridas curtas, passou a aceitá-las. Marko acredita que as Sprints beneficiam os organizadores, tornando os eventos de sexta e sábado mais atrativos, e que a emoção precisa ser mantida.

Apesar do apoio, Marko impõe um limite: ele se opõe à ideia de grids invertidos, argumentando que as dificuldades de ultrapassagem com os carros atuais tornariam a proposta inviável. Ele sugere aguardar o próximo ano para avaliar se as novas características dos carros tornariam a ideia mais interessante.

O debate sobre o futuro do formato da Fórmula 1 está aquecido. De um lado, defensores do espetáculo como Domenicali, Briatore e Marko. Do outro, a resistência de fãs e setores da própria categoria. O crescimento da audiência e a presença maciça de público nos autódromos fortalecem a tese de que a Fórmula 1 precisa se reinventar para continuar atraindo e encantando seus admiradores.