Um vídeo de uma audiência de custódia em Inhumas, Goiás, gerou controvérsia nas redes sociais após a juíza Mônica Miranda interagir de forma considerada informal com o réu Kaique Carlos Ribeiro. A gravação, compartilhada por uma policial militar, mostra a magistrada reconhecendo o acusado e fazendo comentários em tom de brincadeira, inclusive rindo durante a sessão.

A atitude da juíza chamou a atenção quando ela se dirigiu ao réu, que passava por nova audiência, com a seguinte frase: “Você aqui de novo?! Ê, menino! Se você fosse meu filho… Me ajuda a te ajudar”. O caso ocorreu em maio, durante uma audiência por porte ilegal de arma de fogo, conforme dados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). A divulgação do vídeo nas redes sociais foi feita pela capitã Waleska Faria, da Polícia Militar, gerando debates e críticas.

Segundo a policial militar que divulgou o vídeo, o réu possui um histórico criminal que inclui duas passagens por homicídio e uma por tráfico de drogas. Apesar do histórico, o indivíduo foi liberado sem o uso de tornozeleira eletrônica. Essa informação intensificou a repercussão negativa sobre a conduta da juíza.

Internautas expressaram forte desaprovação à postura da magistrada. “Que absurdo. Até eu como advogada criminalista fico chocada”, comentou uma usuária. Outros comentários criticaram o tom informal da audiência e a aparente falta de seriedade diante da ficha criminal do réu. A conduta da juíza foi considerada por alguns como uma banalização da justiça, colocando em risco a segurança da sociedade.

Em outro momento da audiência, a juíza Mônica Miranda ainda brinca com a situação do advogado do réu. “Me ajuda a ajudar o doutor, coitado. Ele nem consegue dormir mais”, disse a magistrada. As reações online apontam para um crescente descontentamento com a forma como o sistema judiciário lida com casos de reincidência e a percepção de que a lei não está sendo aplicada de forma rigorosa.