A Marinha do Brasil deu um passo significativo no reforço de sua capacidade operacional ao formalizar, nesta quarta-feira (10), a compra de um navio de guerra da Marinha Real Britânica. A assinatura do contrato, que já havia sido antecipada pela CNN em agosto, ocorreu em Londres, consolidando um protocolo de intenções firmado em abril. O valor da transação, no entanto, não foi divulgado pelas autoridades.

A aquisição do HMS Bulwark, um navio de 170 metros de comprimento, expande as possibilidades de atuação da Marinha brasileira. Além das tradicionais operações anfíbias, a embarcação poderá ser empregada em missões humanitárias e em resposta a desastres naturais, conforme informações de oficiais. A sua versatilidade permitirá uma atuação mais abrangente em diferentes cenários.

“Com ampla capacidade de carga, o navio pode transportar tropas, profissionais de saúde, veículos e suprimentos essenciais em emergências, incluindo hospitais de campanha, mantimentos e medicamentos”, destaca um comunicado da Marinha. A embarcação também desempenhará um papel crucial na fiscalização da Amazônia Azul, região estratégica para o país.

A Marinha pretende utilizar o navio, que tem capacidade para 290 tripulantes e até 710 militares, para monitorar e proteger esta área rica em recursos naturais. Este movimento visa garantir a soberania brasileira e combater atividades ilegais na região, como a pesquisa não autorizada realizada por navios estrangeiros, como o caso de um navio alemão em abril de 2023.

O HMS Bulwark está atualmente passando por uma completa modernização em Plymouth, na Inglaterra. A previsão é que a embarcação chegue ao Brasil em 2026, após a conclusão da revitalização e o treinamento de militares brasileiros, que ocorrerá em fases a partir de setembro deste ano. A chegada do navio representa um marco importante para a Marinha do Brasil, ampliando sua capacidade de atuação e defesa dos interesses nacionais.