Em um caso que gerou grande comoção em Goiânia, Dedilson de Oliveira Souza foi absolvido pela Justiça pela morte de Francilei da Silva Jesus, motorista que atropelou e matou seu filho, Danilo Pignata, de apenas 8 anos. O trágico incidente ocorreu em dezembro de 2022, quando Danilo acompanhava o pai em seu trabalho como ambulante. Dedilson presenciou a morte do filho e, em um momento de desespero, agrediu o motorista.
O julgamento, realizado na 2ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida, teve um desfecho que dividiu opiniões. A defesa de Dedilson argumentou que ele agiu em um momento de forte emoção, após ver seu filho ser fatalmente atingido. A investigação também apontou que Francilei da Silva Jesus dirigia embriagado no momento do atropelamento, o que influenciou a decisão do júri.
Segundo relatos, Danilo estava com o pai vendendo produtos em um canteiro central quando Francilei perdeu o controle do veículo e os atingiu. “O pai conseguiu pular e escapou do acidente. Ao ver que o filho foi atingido, Dedilson começou a agredir o motorista”, conforme consta nos autos do processo. Francilei chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu três dias depois.
O júri, composto por sete pessoas, votou pela absolvição de Dedilson, e a Justiça acolheu a tese da defesa. O juiz Lourival Machado da Costa declarou o réu absolvido da acusação, levando em consideração as circunstâncias atenuantes do caso e o estado emocional do pai no momento do crime. A decisão encerra um capítulo doloroso para todos os envolvidos, mas reacende o debate sobre justiça e vingança em situações extremas.
Após as agressões, Dedilson chegou a ser preso, mas foi solto durante audiência de custódia. A juíza Luciane Cristina Duarte da Silva concedeu a liberdade provisória, entendendo que o crime ocorreu devido à forte emoção do pai ao ver o filho morto. O caso levanta questões complexas sobre a dor da perda e os limites da reação humana diante de uma tragédia.