A Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc) anunciou uma investigação rigorosa sobre o vazamento de fotos da médica Daniele Barreto, 46 anos, encontrada morta em sua cela no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro. Daniele era acusada de envolvimento na morte do marido, José Lael, um caso que atraiu grande atenção da mídia e do público. A secretária Viviane Pessoa classificou o vazamento como inaceitável.
A repercussão do caso ganhou novos contornos com o incidente. O vazamento levanta sérias questões sobre a segurança e a privacidade dentro do sistema prisional. “Faremos uma investigação rigorosa e quem fez será penalizado. Não é permitido o vazamento de fotos de internos em nenhuma situação”, enfatizou Viviane Pessoa. A Sejuc busca identificar e responsabilizar os autores do vazamento, garantindo que medidas disciplinares sejam aplicadas.
A médica foi encontrada morta logo após retornar de uma audiência de custódia, na qual foi determinado que ela receberia acompanhamento médico no presídio. A defesa alegou que Daniele sofria de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). A Polícia Civil também está conduzindo uma investigação para apurar as circunstâncias da morte, e a expectativa é que a perícia e as investigações revelem a causa exata do óbito.
Segundo a secretária, durante os quatro meses em que esteve detida, Daniele não apresentou sinais de surtos. A Sejuc garante que oferece assistência médica completa aos internos, incluindo medicação e atendimento externo, quando necessário. O caso de Daniele Barreto levanta debates sobre a adequação do tratamento de detentos com problemas de saúde mental.
A prisão domiciliar de Daniele havia sido revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. Apesar de ter um filho menor de 12 anos, a guarda da criança estava com os avós paternos, impossibilitando o benefício. As investigações da Polícia Civil e da Sejuc devem trazer mais esclarecimentos sobre a morte da médica e as condições de sua custódia.